terça-feira, 27 de abril de 2010

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes
Fonte:http://www.pensador.info/poesia_de_amor_de_vinicius_de_morais/
Pesquisado em:27/04/2010

3 comentários:

  1. Mara vivemos em contante desafios, você é a prova disto, está vencendo teus desafios a cada dia. PARABÉNS!!

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  2. Marita, esse bloguinho está uma fofura! E esse poeminha então, só veio dar um encanto todo especial...

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  3. Professora de Português é fera né? Sempre tem que ter uma poesia, um pensamento, o que seria dos escritores, autores sem nós? BEIJO

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